segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O doce sabor da vingança


O amigo leitor sabe que sou uma ferrenha gremista há anos radicada no Rio de Janeiro. A distância da República só fez aumentar meu amor pelo Grêmio que, além de ser meu clube do coração, agora é também uma ligação que me une com minha terra amada.

Morar no Rio de Janeiro também gerou em mim um sentimento antes inexistente. Um ódio mortal ao Flamengo e a tudo que se refere a ele. Chega em alguns momentos a ser maior que o ódio ao inter-regional, já que fora do RS os colorados também são gaúchos longe de casa.

Quando da lambança dos Assis Moreira com o Grêmio no começo do ano, eu como gremista fui alvo de chacota dos torcedores do Flamengo. Sofri em silêncio enquanto eles diziam besteiras do tipo "ele preferiu a cidade maravilhosa", "Flamengo é Flamengo" e "vira Ronaldinho Carioca". Não pelo jogador em si, que não merece nada mais que meu desprezo. Mas pela instituição Grêmio, que estava sendo diminuída a um pseudo contrato que "só falta assinar".

Pois foi por isso tudo que eu me senti vingada no jogo de ontem. Não porque um pretenso gremista trocou o Imortal por outro clube. Não porque ficou claro que amor com dinheiro se paga. Mas porque morar no Rio e calar os malas do Flamengo não tem preço!

Por isso, antes de uma análise tática do jogo de ontem eu resolvi escrever sobre o sentimento que ele me gerou. Até porque, esse jogo foi ganho mais na raça que na prancheta. Depois de sair perdendo por 2x0 contra um Flamengo que jogava muito bem, o Grêmio teve forças pra não só virar, como golear. Com isso, de quebra, praticamente tiramos o Flamengo da disputa do título. Pra mim, gremista que mora no Rio, é menos um carioca na disputa. O pior de todos, o principal, aquele que sempre tem que perder. Sai fora, Flamengo. Sai fora, Assis Moreira. Vai por um aparelho nesses dentes e não me enche mais o saco.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O retrato da apatia

O retrato da apatia. Este foi o Grêmio durante a maior parte da partida de sábado, contra o Coritiba no Couto Pereira. O Grêmio obviamente sentiu os desfalques, mas foi mais que isso. Pareceu estar encantado com a série de três vitórias e esqueceu de entrar em campo.

Brandão disputa a bola com Jeci (globoesporte.com)

A ausência de Douglas foi a mais sentida. Marquinhos, acostumado a complementar o meio campo com o colega, sentiu a responsabilidade de fazer sua função e simplesmente não jogou. Foi lento, errou passes fáceis e errou na distribuição das jogadas, sobrecarregando Escudero. O argentino, por sua vez, tentando compensar Marquinhos, não foi agudo na área adversária como nas últimas partidas. E teve Julio Cesar. Ao contrário de partidas anteriores, o lateral foi inseguro até nos lances mais banais. O primeiro gol Coxa Branca nasceu de um erro de Julio Cesar, ao cobrar o lateral. A bola sobrou no meio campo povoado do Coritiba, que decretou o 1x0 aos 14 do primeiro tempo.

E então "brilhou" nosso treinador. Com Brandão sofrendo lesão, ele colocou o garoto Manute, de apenas 16 anos e deixou com el a responsabilidade de ser o centro-avante tricolor. Demais para um guri recém saído dos juniores. Some-se a isso um Gilberto Silva perdido na zaga, um meio campo cheio de votlantes desorientados contra um time que teve toque de bola rápido e envolvente e estava pronta a receita para a derrota por 2x0.

Não é o fim do mundo perder fora de casa. O problema é que o Coritiba era adversária direto na classificação geral, e subiu várias posições com a vitória, ultrapassando o Grêmio. Nos resta agora torcer para que os desfalques retornem contra o Figueirense e o Grêmio reencontre o caminho das vitórias.