quinta-feira, 3 de março de 2011

Vitória preocupante

O Grêmio bateu o León de Huánuco por 2x0 no Olímpico e retomou a liderança do grupo 2 da Taça Libertadores da América. Nada mais que obrigadação, jogando em casa contra um time quase amador. Mas, ainda assim, um resultado preocupante.

Nos primeiros 15 minutos de campo o Grêmio tomou até um leve sufoco dos peruanos, embora sem qualidade. Mas não foi isso que me preocupou. Me preocupou o fato de os dois gols terem sido de bola parada contra um time tão fraco.

O primeiro gol só saiu no finalzinho do primeiro, numa jogada já tradicional deste time do Grêmio: cobrança de falta para dentro da área e cabeçada do André Lima.

O segundo gol veio de um pênalti que poucos juízes dariam. Borges cobrou com categoria e converteu. Os atacantes mantiveram seu rendimento e o Grêmio confirmou os três pontos.

Fosse este um jogo contra um time mais forte e eu estaria satisfeita não só com o resultado mas com a forma como ele foi construído. Mas o León é muito ruim. Para ter certeza disso, basta atestar a falta de qualidade das finalizações do time no jogo de hoje. E esta Libertadores, apesar de não contar com Boca e River, tem times muito difíceis e respeitáveis. O Grêmio não pode seguir jogando como jogou hoje.

O Grêmio está pecando pelo excesso de preciosismo e por isso os ataques agudos não funcionam. São muitas jogadas ensaiadas repetidas, passes de calcanhar e aquele último drible desnecessário. Contra um Nacional-URU ou um Argentino Juniors, isto pode ser fatal.

Acredito ainda que o Carlos Alberto está sobrando na equipe. E não no bom sentido. Nos seus times anteriores, sempre que jogou bem ele jogou mais pela esquerda. Pela esquerda já temos o Douglas e os dois não estão se entendendo. Além disso, ainda pela esquerda, o Gilson não está bem e fica clara a avenida que se forma por ali com a ausência do Lúcio.

Libertadores não é para dar toque de letra e fazer gol de bicicleta. Gol feio vale o mesmo que gol bonito e o Grêmio precisa jogar mais sério. Firula nunca foi o nosso forte e acho que não vai ser agora. O Renato precisa mostrar pro time que é possível ser ofensivo sem jogar futebol ornamental.

Foto: Clic RBS

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